terça-feira, 13 de abril de 2010

VOX BRASILIENSIS em Santos

O conjunto Vox Brasiliensis se apresenta em Santos, no domingo 18 de abril.

O recital faz parte do Circuito BNDES Musica Brasilis, que promove concertos e oficinas em cidades em que há construções históricas restauradas pelo BNDES.



VOX BRASILIENSIS – direção Ricardo Kanji
Ricardo Kanji (flautas), Tiago Pinheiro (tenor), Guilherme de Camargo (guitarras)

Obras de Luis Álvares Pinto, José Maurício Nunes Garcia, Marcos Portugal, Cândido Inácio da Silva

Fundado por Ricardo Kanji em 1998, o conjunto Vox Brasiliensis tornou-se uma referência na interpretação de música brasileira dos séculos XVIII e XIX. A preocupação com o estilo de cada época é uma constante de suas realizações, que estão na origem do prêmio de melhor regente do 1999 atribuído a Ricardo Kanji pela APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte.

O programa apresentado pelo Vox Brasiliensis traça um rico panorama de um universo musical que permeia as raízes de uma música genuinamente brasileira, tanto em seus aspectos eruditos quanto populares. Desde as danças africanas, como o “Landum” recolhido pelo naturalista bávaro Von Martius, ou o “Vilão”, dança popular de origem espanhola, presente no Codex Gulbenkian , até as “Lições de Solfejo” de Luis Álvares Pinto, ainda calcadas na estética barroca, cada obra mostra um alicerce sobre o qual se desenvolveu a música brasileira em suas diversas vertentes.

Modinhas de temática romântica, como as liras de “Marília de Dirceu”, e outras, de forte crítica política e social, como “Lá no Largo da Sé Velha”, formam em seu conjunto uma paisagem sonora ainda desconhecida do público das salas de concerto.

RICARDO KANJI especializou-se em flauta no Conservatório Real de Haia a partir de 1970, e em 1972 foi laureado no Concurso Internacional de Bruges. De 1973 a 1995 foi professor do mesmo Conservatório, cuja orquestra barroca também dirigiu. Integra a Orquestra do Século XVIII, dirigida por Frans Bruggen, com quem viaja por todo o mundo. Gravou diversos CDs, entre os quais destacam-se os dedicados às sonatas de Handel e Telemann (Phillips) e Mancini e Van Waessener (Globe). Tem uma ativa carreira de regente, e foi convidado para reger as melhores orquestras brasileiras. Responsável pelo projeto História de Música Brasileira, foi apontado como o melhor regente de 1999 pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

TIAGO PINHEIRO, graduado clarinetista, fez o curso de especialização em canto do Berklee College of Music e estudou canto durante seis anos com Fernando Carvalhaes. Foi diretor do grupo Beijo do Coral da Universidade de São Paulo, com intensa atuação em São Paulo no início dos anos 90. Apresentou-se como solista em diversas obras corais sinfônicas, como Carmina Burana de Carl Orff, Os Carnavais de Francis Hime e Geraldo Carneiro e Paixão segundo São João de J. S. Bach. Atualmente é maestro titular do Coral Paulistano do Teatro Municipal de São Paulo. Lançou recentemente o seu primeiro CD a solo e participou na produção franco-brasileira do CD «O Amor Brazileiro - Modinhas e Lundus do Brasil».

GUILHERME DE CAMARGO é Mestre em Musicologia pela Universidade de São Paulo, onde se graduou também como Bacharel em violão erudito. Tem-se destacado como um dos mais importantes executantes de instrumentos de cordas dedilhadas antigas do Brasil, realizando um trabalho pioneiro e empreendedor levando às salas de concerto do Brasil e do exterior a música para alaúde, teorba, guitarra barroca, viola de arame e guitarra romântica. Além do trabalho como solista, realiza concertos com as mais conceituadas formações brasileiras, como a OSESP, o Coro da OSESP, a OSUSP, o Coral Paulistano e a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.

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